Ansiedade e o impacto no organismo

Ansiedade, medo e estresse acionam o mesmo mecanismo fisiológico relacionado ao sistema de alerta.

É uma resposta adaptativa diante de uma situação de perigo. No caso do medo a ameaça é identificada, na ansiedade ela é difusa (preciso do esforço da consciência para localizar a fonte da insegurança = medo).

A origem fisiológica dos sintomas

Na resposta fisiológica ao estresse, ao medo e a ansiedade o corpo aciona a divisão simpática do sistema nervoso autônomo, responsável por várias funções involuntárias no nosso organismo e prepara o corpo para a resposta de luta, fuga ou congelamento.

As glândulas do Sistema Nervoso Central orquestram uma série de comandos para lidar com a ameaça (seja ela real – um cachorro bravo, ou fruto da nossa imaginação), o objetivo é acionar  a energia no corpo, o hormônio cortisol é liberado pela glândula adrenal e coloca todo o sistema corpóreo em alerta.

No organismo

  •  aceleração do batimento cardíaco para aumentar a oxigenação mas traz sensibilidade e foco para a região, podendo provocar até a sensação de dor,
  • a respiração também é estimulada: hiperventilação = respiração ofegante, traz a sensação de falta de ar e dificuldade para respirar,
  • neste processo é liberado muito oxigênio e pouco dióxido de carbono o que traz a sensação de tontura e a impressão que irá desmaiar  (isso não é o mais comum, pois o desmaio acontece na queda da pressão arterial, neste mecanismo fisiológico de alerta a pressão arterial está elevada),
  • o sangue é enviado para o sistema digestivo (náusea, desejo de esvaziar a bexiga e o intestino, a intenção é deixar o corpo mais leve para a fuga),
  • o sangue não chega adequadamente às extremidades do corpo (mãos e pés ficam frios e começam a suar),
  • os grandes grupos musculares são estimulados (as coxas começam a tremer, pescoço e ombros ficam tensionados),
  • a mente (busca a referência de experiências anteriores),
  • os olhos: as pupilas se dilatam e focam na “ameaça”, não pensamos nem vemos mais nada.

Preocupação e estresse

Manter-se preocupado o tempo todo é manter este mecanismo fisiológico constante.

O corpo permanece mobilizado, em alerta para o perigo, o que prejudica a avaliação do perigo REAL, pois TUDO passa a ser interpretado como perigo, neste caso raramente o corpo alcança o relaxamento.

O estresse ao longo do tempo acarretará inúmeras doenças psicossomáticas.

Desestabilizará o sistema imunológico (rebaixamento da resposta imune, ou o contrário, quando ele exagera na defesa – surgimento das doenças auto imunes, processos alérgicos), problemas cardíacos, diabetes, distúrbios de sono, problemas gástricos, intestinais, de pele, disfunções sexuais, obesidade, dor e tensão, são alguns exemplos.

Para refletir sobre a preocupação

Por quê preciso me preocupar? A maioria das coisas com que me preocupei aconteceram da forma que pensei? Posso/Preciso estabelecer um limite para a preocupação? O sofrimento é evitável pela preocupação? Como posso me preparar para me preocupar menos?

Reconhecer o limite da preocupação que auxilia a se preparar para algo, com planejamento para um possível evento negativo ou positivo(!).

É importante observar a linha que ultrapassa o limite do saudável.

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